Introdução:
A Tristeza Parasitária Bovina é um complexo de doenças causadas pela riquétsia Anaplasma spp. e pelo protozoário Babesia spp. O carrapato dos bovinos (Boophilus microplus) tem papel importante, pois é o transmissor dos dois parasitas para os bovinos quando está parasitando o animal.
Por este motivo, a incidência da Tristeza é maior em locais onde a prevalência de carrapatos é ampla, porém já foi relatada a transmissão por insetos hematófagos ou instrumentos durante a castração ou vacinação.
Animais debilitados, de raças europeias e bezerros são os mais susceptíveis a Tristeza. Alguns adultos podem carregar os parasitas no corpo, mas não apresentar nenhum sintoma da doença.
Além do risco de morte, a Tristeza Parasitária Bovina traz prejuízos com a redução da produção de leite e carne, infertilidade e gastos com tratamentos.
Etiologia:
No Brasil, o Complexo da Tristeza Parasitária Bovina é causado, principalmente, pela riquétsia Anaplasma marginale e/ou pelos protozoários Babesia bovis e/ou Babesia bigemina.
Estes parasitas habitam as células do sangue dos animais, por este motivo são chamadas de hemoparasitoses.
Patogenia:
A infestação pelos parasitas ocorre, principalmente, por meio da picada do carrapato infestado. Ambos os parasitas atacam as células vermelhas do sangue do hospedeiro onde se multiplicam. Outro carrapato pode se infestar caso sugue o sangue de um animal acometido, tornando-se uma nova fonte de infestação.
No bovino, os parasitas causam hemólise do sangue e consequentemente febre e anemia.
Diagnóstico:
Os sinais clínicos são apatia, febre e anemia. Apesar de ser possível determinar qual o parasita que está infestando o animal, na rotina de uma fazenda não há necessidade desse diagnóstico. Animais mais susceptíveis (bezerros, animais recém-chegados, de raças europeias ou com maior carga parasitária de carrapatos) e com os sinais clínicos devem ser tratados para ambos os parasitas.